Você já ouviu falar que dois copos de vinho por dia protegem o coração contra doenças cardíacas. Você também já ouviu falar que beber cerveja dá um up no sistema imunológico. Será? Uma pesquisa publicada em agosto do ano passado, financiada pela fundação Bill & Melinda Gates, assumiu a responsabilidade de dizer que a quantidade de álcool que você deve consumir para se manter saudável é zero.

Por 26 anos, pesquisadores do Institute of Health Metrics and Evaluation (IHME) avaliaram a saúde de pessoas em 195 países com idade entre 15 e 95 anos de ambos os sexos. Sua base teórica foi um total de 694 fontes com dados sobre o consumo individual e populacional de álcool, juntamente com 592 estudos sobre o risco de uso das bebidas alcoólicas.

Em 2018 saiu o resultado. O consumo de álcool foi revelado como o sétimo principal responsável pela diminuição da expectativa de vida. E mais: ele causou 2,8 milhões de mortes em 2016, além de ser o maior fator de risco para morte prematura e desabilidade em pessoas com idades entre 15 e 49 anos. A pesquisa pontua a crise de mortalidade na Rússia, onde o uso de álcool foi o principal responsável pelo aumento da mortalidade a partir dos anos 1980, totalizando 75% das mortes entre homens com idades entre 15 e 55 anos.

O risco de mortalidade, principalmente por câncer, aumentou à medida que aumentaram também os níveis de consumo. Os pesquisadores divulgaram a pesquisa em alarde, rogando que cortemos a bebida alcoólica para aumentar a expectativa de vida, uma vez que nenhuma dose de álcool é benéfica para a saúde. 

Texto: Julie Grüdtner

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