Antigamente, a querida das parmegianas vegetarianas morava na Índia e era usada para enfeitar casas. Hoje, seus componentes químicos são estudados por inúmeros cientistas ao redor do mundo. A berinjela é baixa em calorias, tem capacidade de reduzir o colesterol e até diminuir o risco de mortalidade.

A razão pela qual ela é tão poderosa também explica a pigmentação do fruto: a presença de um composto orgânico chamado antocianina. 

Em um estudo publicado no jornal Circulation, 93.600 mulheres entre 25 e 42 anos foram observadas para monitorar os efeitos do consumo de antocianina no coração. Após 18 anos de análise, foi concluído que uma alta ingestão de antocianinas pode reduzir significantemente o risco de infarto em mulheres. As mulheres com maior ingestão de antocianina também tenderam a fumar menos e se exercitar mais.

No artigo “Efeitos antiobesidade de antocianinas em estudos pré-clínicos e clínicos”, publicado no jornal Oxidative Medicine and Cellular Longevity, cientistas italianos discutiram que a ingestão de antocianinas também tem efeito em curto e longo prazos na perda de peso e controle de diabetes.  

Além disso, não é preciso se preocupar em comprar o fruto orgânico. Em outro estudo, “Phenolic content and antioxidant capacity in organically and conventionally grown eggplant (Solanum melongena) fruits following thermal processing”, cientistas descobriram que os teores de antocianinas, bem como a sua capacidade antioxidante, são os mesmos independentemente da forma de cultivo. No mesmo estudo, foi comprovado que a berinjela cozida em vapor tem três vezes mais antocianina do que o fruto fresco, cozido ou assado. 

A berinjela também entra na lista dos alimentos com casca comestível. A pele roxa do fruto é rica em antioxidantes, fibra, potássio e magnésio, tornando o fruto um alimento essencial para incluir na dieta de quem quer viver mais.   

Texto: Julie Grüdtner

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